quinta-feira, 11 de junho de 2020

TINTAS PARA SERIGRAFIA II

Olá Pessoal, vamos dar continuidade ao tema tintas para serigrafia. 

TINTAS E SOLVENTES II

Explicando os processos de secagem das tintas:

Secagem por evaporação:

Por evaporação deve-se entender que os materiais voláteis existentes na formulação da tinta, desfazem-se em contato com o ar, restando apenas os materiais sólidos.

Por oxidação:

No processo por oxidação, os materiais voláteis, em contato com o oxigênio do ar, provocam uma reação química parecida com a relação que ocorre em alguns metais e que resulta na ferrugem. Isso faz com que toda a tinta se transforme em material sólido.

Por irradiação UV (Ultravioleta)

Na secagem por irradiação UV, ocorre de uma reação fotoquímica quando atingidos pela radiação ultravioleta, devido à incorporação de fotoiniciadores e fotossensibilizadores capazes de absorver a radiação UV, em uma faixa de comprimento de ondas entre 200 e 400 nanômetros e de gerar moléculas reativas, promovendo radicais livres e iniciando a polimeração  (cura/secagem) em segundos.

A secagem por calor

A secagem por calor esta muito presente nas tintas plastisóis, poi é necessário uma temperatura de cura definitiva de aproximadamente 170°C por um período de 3 a 6 minutos em uma estufa preparada para este fim. A secagem intermediária é normalmente feita por um Flasch Cure com baterias de lâmpadas ou por calor, para que possa ser impresso uma segunda ou terceira cor, sem a necessidade de tirar a peça da base de impressão.

O estudante deve notar que, não dispondo de meios mecânicos para a secagem, seja qual for a tinta, é muito importante a adequada ventilação do ambiente para uma rápida e eficiente secagem.

A maioria das tintas secam à temperatura ambiente, mas existem algumas que não secam ao ar, sendo necessária a utilização de uma estufa. O processo de secagem ao ar ocorre em duas fases distintas que são:

a) Secagem ao toque

b) Secagem definitiva

Por secagem ao toque, entende-se que depois de algum tempo o impresso pode ser manuseado sem que esse manuseio lhe cause dano. a secagem definitiva ocorre em geral, depois de 24 horas. Nos casos específicos das tintas plastisóis e UV e algumas tintas à base de água de estufa, esta secagem ao toque é definida por equipamentos adequados a esta finalidade. as fábricas de tintas informam qual o tempo necessário para casa fase da secagem.

O acabamento ou aspecto apresentado pela tinta depois de seca pode ser previsto facilmente uma vez que as fábricas classificam seus produtos de acordo com o acabamento final e também fornecem amostras pintadas ou cartelas de cores. As tintas classificadas como brilhantes apresentam brilho porque refletem a luz; as transparentes permitem a passagem da luz; as fluorescentes absorvem a luz e refletem uma luminosidade própria, dando à cor uma espécie de radiação luminescente. E as metálicas apresentam acabamento similar a alguns metais.

Embora existam tintas com grande variedade de cores, a maioria das fábricas, para simplificar a produção e para minimizar seus custos em estoques produz apenas uma quantidade limitada de cores. Essa limitação não é prejudicial porque as tintas são miscíveis entre si e assim o serígrafo pode produzir a tonalidade desejada misturando duas ou mais cores. As fábricas colocam a venda também em todos os tipos de tintas, uma tonalidade classificada como incolor que nada mais é senão o veículo da tinta sem pigmento. A tinta incolor pode ser usada também para a mistura de purpurinas ou para impressão de uma base sobre a qual, depois de seca, serão impressas outras cores.

Quando expostas ao sol e às intempéries, as cores tendem a diminuir a sua intensidade. Com o passar do tempo elas ficam meio apagadas, sem viço, e podem até desaparecer completamente. Este fenômeno é provocado principalmente pela luz intensa emanada pelo sol e em ambientes internos, por outras fontes de luz. Por essa razão as fábricas fazem testes exaustivos com o objeto de saber até que ponto as suas tintas são capazes de resistir à luz sem descorar. Não é possível medir essa capacidade com exatidão e por esse motivo as indústrias geralmente informam no item “resistência à luz”, as seguintes informações: Boa, muito boa, razoável.

O serígrafo deve analisar a peça a ser impressas para depois escolher a tinta apropriada. Uma faixa de pano cuja mensagem deve perdurar por apenas 15 ou 20 dias pode ser impressa com qualquer tinta de baixo custo. Por outro lado, uma placa que deve ser exposta durante dois ou três anos só pode ser impressa com uma tinta cuja resistência à luz seja muito boa.


Outras informações como poder de cobertura, qual trama do tecido da matriz mais indicada, materiais que podem ser impressos com a tinta, etc, são fornecidas nos boletins técnicos distribuídos pelas indústrias. Entretanto, todas elas ressalvam que as informações são dadas de boa fé, baseadas em testes realizados anteriormente e que as condições climáticas e ambientais podem eventualmente, alterar o resultado. Isso é verdade. Por essa razão, o serígrafo nunca deve iniciar o seu trabalho de impressão sem antes testar todos os materiais envolvidos.

Meus amigos, essa foi a segunda parte da matéria sobre Tintas para serigrafia.

Aguardem as novas postagens!!!!

Enviem as suas criticas e comentários. Diga o que vocês gostariam de ver aqui no blog.


Muito obrigado!!!!


André Manzatto.


2 comentários:

  1. muito bom o conteúdo do seu blog amigo,estou pesquisando muito sobre serigrafia tanto na parte pratica e na teórica para poder da inicio nessa arte de estampar em diversos substratos, aguardo um conteúdo sobre serigrafia em vinil adesivos,papeis e outras áreas planas!

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  2. Obrigado por me acompanhar. Assim que eu terminar o assunto tintas, posso fazer uma matéria especial sobre adesivos.

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